Entrevista realizada pelo portal Da Vinci News a Masami Kurumada, publicada entre 19 e 20 de janeiro de 2016.


O Mestre Kurumada desenhou e deu à luz a uma autobiografia transcendental, "Cho Jiden" (Super Biografia). Ele mesmo nos diz os pontos interessantes!

Com a chegada do seu 40° aniversário de carreira como autor de mangás Nekketsu, o mestre Kurumada desenvolveu várias atividades, tais como produtor executivo de um filme e assistiu a pré-estreia dele. Em 2015, como projeto final na revista Weekly Shonen Champion, ele anunciou sua primeira autobiografia intitulada "Ai no Jidai - Ichigo Ichie". Em dezembro do mesmo ano, a obra foi publicada em formato tankobon. Embora seja uma autobiografia, o seu conteúdo é um mundo de Kurumada no seu melhor, "o Kurumadismo". Como é que este trabalho intitulado de "Cho Jiden" nasceu? Perguntamos diretamente ao mestre Kurumada.

Parabéns pelo seu 40° aniversário de carreira como autor de mangás Nekketsu! Também desenhou uma autobiografia para esta ocasião?

Na verdade, não foi feito pensando tanto no 40° aniversário. Era uma ideia que eu já tinha antes, mas este foi o momento certo para fazê-lo. Além disso, o senhor Ken Takakura havia falecido, e eu tive esse remorso por não ter conseguido lançá-lo enquanto ainda estava vivo. Provavelmente foi isso o que me fez decidir lançá-lo agora.

Eu realmente estou bem ansioso pelo título "Cho Jiden" (Super Biografia), que tipo de histórias terá incluído?

Este título não foi adicionado por mim, mas pelo editora. Eles disseram: "Isto é algo que transcende uma autobiografia!" (Risos). Este trabalho na verdade é uma adaptação do que aconteceu na realidade. As pessoas devem pensar nisso como uns 50% de fatos reais e 50% de ficção. Isto também é o que eu expliquei no epílogo, para não enganá-los. Há uma atmosfera de bairro humilde que se encontra abaixo da superfície.

Por que ocorreu de você desenhar uma autobiografia desta forma?

As autobiografias de outros autores são feitas da maneira correta, como um estudante excepcional. Contando sua carreira com o mangá de maneira séria. Mas isso não é "Ousado", então eu pensei em fazê-lo um pouco diferente. Bem, pode se dizer que "Ai no Jidai" é muito "Ousado", não conta a minha trajetória com o mangá de maneira convencional. (Risos)

Apesar de ser uma autobiografia, é também um mangá. O estilo do mestre Kurumada está constantemente em busca do entretenimento e impacto. Portanto, quais fatos eram reais e como eles foram adaptados no Ai no Jidai - Ichigo Ichie? À medida que avançamos brevemente em cada um dos 8 capítulos, teremos os comentários do mestre Kurumada sobre cada um deles.

Capítulo 1

O Jovem Masami Higashida cresceu assistindo os filmes do Ken Takakura, com seus amigos. No início dos anos 60 houve uma tendência de ver os Yakuza como pessoas "legais", e isso era mais constante nos bairros dos trabalhadores. Higashida e seus amigos admiravam o senhor Ken, um membro da Yakuza. No entanto, eles iriam aprender a dura realidade desta parte...

Neste capítulo me parece que havia um personagem principal chamado senhor Ken.  Trata-se de uma pessoa real?

Isso mesmo. Afinal, o senhor Ken Takakura foi um exemplo de "Homem", mas o senhor Ken era um verdadeiro membro da Yakuza que também tinha essa qualidade. Ele não é o único que foi o nosso modelo de pessoa que eu incluo nos capítulos, havia outros. Naquele tempo, o bairro tinha muita gente como ele, do qual tinha que ter cuidado com seu comportamento.

Você também incluiu o detetive Utsugi.

Claro que eu também incluí. Quando eu era criança havia uma delegacia de polícia na frente da minha casa, e eu ia e voltava constantemente. É que havia um dojo no segundo andar, então ele também nos ensinou judo. Hoje em dia seria impossível entrar e sair de uma delegacia de polícia como bem entender. (Risos)

Capítulos 2 e 3

Higashida se encontra por acaso com uma Weekly Shônen Jump no hospital, onde seu amigo Jun estava hospitalizado. Foi lá que ele conheceu Otoko ippiki gaki daishô de Hiroshi Motomiya, e isso causou um grande impacto. Seus amigos o aconselharam a se tornar um mangaka, e no final conseguiu terminar sua primeira obra.

Neste episódio apareceu o mestre Motomiya, mas isso realmente aconteceu?

A cena em que o mestre Motomiya luta contra os Yakuza foi criação minha, mas o impacto que recebi ao ver as cenas em páginas duplas de Otoko ippiki gakidaishô é totalmente verdadeiro. Naquela época, entre os protagonistas havia muitos heróis da justiça. Eles escondiam sua identidade atrás de uma máscara e derrotavam o mal. Mas em Otoko ippiki gaki daishô era completamente diferente, porque o protagonista era mal. (Risos)

Você ter lido Otoko ippiki gaki daishô fez com que você se tornasse um mangaka?

Não, porque eu o vi pela primeira vez quando eu estava no primeiro ano do ensino médio e naquela época eu não tinha pensando em nada em particular para o futuro, mas esse foi um dos motivos. Bem, quando eu estava no terceiro ano do ensino médio, comecei a me perguntar se eu iria para a faculdade ou que outra coisa eu poderia fazer. Assim, durante as férias de verão, eu desenhei um mangá pela primeira vez e o enviei para a Shonen Jump.

Nesta obra foi você que o enviou diretamente, mas na realidade você havia enviado pelo correio, né?

Naquela época era o Young Jump Award. Eu participei, mas nem mesmo consegui sequer uma menção honrosa. Ah, eu me perguntava se era tudo uma grande perda de tempo. Ainda assim, eu pensei "Vamos descobrir o que aconteceu." Então eu fui para a editora e lá me disseram "Gostaria de tentar trabalhar como assistente?" E foi assim que eu fui parar no estúdio de Kô Inoue, que estava desenhando Samurai Giants.

Quando você mesmo levou o trabalho, você se encontrou com uma pessoa chamada Nakamura. Essa pessoa é...

Isso mesmo, essa pessoa também é real. Quando eu era um assistente, muitas pessoas iam e vinham do estúdio de Inoue. Então, ele veio com uma criança de aproximadamente 3 anos para pedir dinheiro emprestado, e o senhor Inoue deu a ele. (Risos) Quando você olha de perto, o trabalho de um mangaka é realmente difícil. Mas desde que eu fiz minha estreia eu pensei que tinha que fazer de uma forma ou de outra.

O Senhor Nakamura lhe aconselhou: "O 'name' ('storyboard') é a alma do mangá"...

Afinal de contas, o "Name" que eu havia feito estava ruim, levá-lo foi uma perda de tempo. Se o "Name" tivesse sido interessante, a editoria teria aceitado. O "Name", por assim dizer, seria como o plano do mangá. Por mais que você coloque um belo design de pintura na sua casa, será em vão se for mal desenhado desde o princípio. Ele poderia colapsar completamente, né? Com o mangá é o mesmo, quando o "Name" não é feito corretamente, ele vai terminar arruinando metade do caminho. Enquanto ia avançando no mundo dos mangás, essas eram coisas que eu ia aprendendo naturalmente. Portanto, esse diálogo são minhas palavras, mas eu adaptei para que fosse do senhor Nakamura dizendo para mim.

Capítulo 4

Higashida se formou no colegial, enquanto ele tinha um emprego de meio período, enviava seus mangás para editora, os quais eram rejeitados continuamente. Um dia, ao invés de ir a Shueisha, ele decidiu ir para Akita Shoten, editorial da Weekly Shônen Champion. E quando estava duvidando se levava ou não, ele se encontrou com um editor bêbado na porta. Esta pessoa era o senhor Kabemura, o editor chefe da Weekly Shônen Champion.

No mangá você levou seu trabalho para Weekly Shônen Champion ao invés da Weekly Shônen Jump, mas eu estou ciente de qual foi a revista que o publicou...

É que eu mudei. É um mangá autobiográfico, mas seria chato desenhar tudo do jeito que aconteceu na realidade. Quando uma pessoa se encontra sozinha na vida desde o começo existe esse tipo de altos e baixos, mas não necessariamente tem que ter grandes dificuldades. Especialmente se essa pessoa nasce em uma época de paz. Então, me dirigi diretamente para Weekly Shônen Jump e ali eu estreie. Não mudei em nenhum momento. Eu coloquei que me dirigi para Weekly Shônen Champion para expandir um pouco a história.

O Editor-chefe Kabemura é um personagem genial, né?

Ele é uma pessoa real, um famoso e lendário editor-chefe. Ele realmente dizia coisas como "Vou quebrar seu braço". (Risos) Ele provavelmente é uma relíquia do tempo das locadoras de mangás, né? Tanto na Shueisha como na Kodansha e Shogakukan existia uma imagem de competitividade e elitismo, mas na Akita Shoten estava cheio de lutadores. Muitas pessoas geniais entraram lá.

Capítulo 5

Enquanto a saúde de Jun piorava, a estréia de Higashida finalmente foi decidida. Embora tenha havido um erro e seu nome foi mal escrito, ele foi para o hospital onde se encontrava Jun para mostrá-lo a revista que havia publicado sua obra, mas...

O Capítulo 5 está centrado no seu amigo Jun, né?

Isso mesmo, e ele também foi uma pessoa real. Claro, ele não era um jovem tão bonito assim, nem ele gostava de pintura. As pessoas doentes sofriam muito naquele tempo. Ele desmaiou de repente enquanto jogávamos beisebol, e nós pensamos: "Você está brincando?"

Existiu esse discurso no qual ele disse: "Eu já não tenho esperanças, mas você deve seguir adiante"?

Ele me disse, mas ele não foi o único. Diziam-me coisas como: "De qualquer forma, nós já não temos esperanças, mas Kurumada, você deve seguir adiante e se tornar em uma estrela". No entanto, ninguém acreditava que eu poderia ter sucesso como um mangaka, nem mesmo meus pais. Afinal de contas, eu fui o que mais se surpreendeu ao realizar. (Risos)

O Mestre estreou com Sukeban Arashi. O que sentiu com sua verdadeira estreia?

Eu realmente pensava que Sukeban Arashi se tornaria uma série. Mas na crise do petróleo, o número de páginas foi reduzido enormemente na Weekly Shônen Jump. No caso das séries se desenhava umas 20 páginas, mas foram reduzidas a umas 12 ou 13. Então, eu fiz uma série em 5 partes, em formato one-shot.

Em sua autobiografia, quando chegou o momento de publicar o seu primeiro trabalho, como é que o nome de Masami Higashida se tornou Masami Kurumada? Por favor, nos conte esta história.

Na verdade, isso é uma ideia invertida. Quando eu enviei meu trabalho para participar da Young Jump Award, meu nome foi listado abaixo do título de "No futuro, podemos ter esperança neles", mas com erros ortográficos "Masami Higashida". (Risos) Então eu usei essa ideia neste volume, mas em sentido inverso.

Você considerou usar um pseudônimo?

Alguns, como Gô Saotome ou Jôji Samidare. (Risos) Eram os nomes de uns assassinos contratados que saíram de um "gekiga" que eu alugava e adorava muito, há muito tempo atrás. Agora que eu penso, que bom que eu não os utilizei. (Risos) Afinal de contas, não há nada melhor do que seu verdadeiro nome, no qual seus pais pensaram com muito esforço.

Capítulos 6 e 7

Outro de seus amigos, Toshiotoko Nakayama, conhecido como "Toshi", começou a trilhar o caminho da Yakuza. Por outro lado, Higashida sofre diariamente pelo "Name" da sua nova obra. Um dia, por acaso, graças ao cenário cotidiano, lhe ocorreu uma ideia para uma obra que mudaria seu destino. Os caminhos de Higashida e "Toshi" claramente estavam se dividindo.

Esta pessoa chamada Toshi que você desenhou neste capítulo é...

Claro. Mas Toshi não era tão legal como na obra. Era um amigo de infância, e no fundo era um bom rapaz. Ele sabia que eu estava desenhando mangás e ele me disse: "Siga adiante", mas depois da minha estreia ele estava muito irritado e uma vez ele me disse: "Por acaso pensa seguir adiante com os mangás?" e nos pegamos nos socos. Este foi um episódio baseado em fatos reais.

A Partir daqui você finalmente começa com Ring ni Kakero (na autobiografia chamada "Ring ni Hoero"). Você desenhou este mangá baseado em uma cena que viu uma irmã praticando boxe com seu irmão?

Bem, isso foi invenção minha na realidade. Cheguei a essa ideia utilizando todo o conhecimento que eu havia obtido de várias fontes, como por exemplo, Ryôma gayuku de Ryôtarô Shiba. Comecei a ler livros como esses a partir dos meus 20 anos de idade. Até então, eu tinha lido apenas mangás. (Risos)

No capítulo você recebe esse conselho por parte do editor responsável Kabemura, foi realmente assim?

Ninguém me disse nada. Apesar de tudo, eu pensei que não serviria de nada se não absorvesse várias ideias por conta própria. Podia ler livros, ver filmes ou escutar a história de alguém, mas isso não significa que eu poderia utilizar essas ideias imediatamente. Uma vez que as ideias entram em mim, elas são inúteis se você não as processa primeiro. E seria um plágio ser usado como elas são, e no mangá desde o começo não seria nada interessante. Mas como sai "temperado" por mim mesmo, é bem recebido pelos leitores.

Houve cenas que os editores-chefes recebiam queixas do Conselho de Pais e Professores, você teve alguma queixa como essas?

Não, eu nunca escutei uma com respeito ao meu trabalho. Mas havia muitas obras da Weekly Shonen Jump que foram estigmatizados. Os mangás da Weekly Shonen Jump foram os primeiros, porque vendiam erotismo e violência como "mangás shonen". (Risos) Embora naquela época não fosse uma revista para bons meninos, era um ato bárbaro que colocaram para repudiar tudo o que não lhes agradava.

Capítulo Final

Embora ele tenha conseguido tornar Ring ni Hoero em uma série, a sua popularidade constantemente subia e descia. Naquele tempo, ele teve um encontro com Rui Shiratori, que foi um ex mangaka popular, mas agora estava em ruína. Higashida percebeu que seus mangás estavam faltando alguma coisa, por isso, depois de pensar muito, chegou à conclusão de que...

Rui Shiratori, que tinha sido uma pessoa famosa no passado, foi mostrado como alguém que havia caído na ruína. Esta pessoa é baseada em alguém?

Este foi um personagem completamente ficcional. Eu sinto que ele é esse tipo de pessoa que sempre está tentando estar nada mais do que na moda com suas histórias, a diferença dos mangás Nekketsu. Por exemplo, quando Ring ni Kakero era um sucesso, as outras revistas começaram a incluir batalhas de 5 contra 5, e quando Saint Seiya se tornou um sucesso, muitas coisas de seu estilo saíram em outros animes. Afinal, este é um mundo de cópias atrás de cópias. Oh, às vezes eles podem ter sucesso, mas geralmente acabam falhando. Para um escritor, entretenimento é tudo, mas não é bom ser pego pela moda e as tendências da época.

Rui Shiratori lhe disse: "Sinto que teu mangá lhe falta algo". Isso era algo que você também havia notado?

Isso mesmo, eu também havia notado. Quando eu fiz Ring ni Kakero, o mangá havia ganhado o primeiro lugar nas pesquisas. No entanto, às vezes sua popularidade caia. Quando comecei a pensar no por que isso acontecia, me dei conta de que era pela direção que eu mesmo dava. Deve se concentrar no entretenimento, e não incluir tais coisas como histórias de vida cotidiana de maneira desnecessária. Desde que eu me dei conta de que eu devia me concentrar no entretenimento, Ring ni Kakero começou a transitar pelo caminho da popularidade em perfeitas condições.

Desde que se deu conta disso, começou a desenhar cada capítulo pensando que esse poderia ser o último?

Quando eu fiz o meu primeiro "Name" para Ring ni Kakero eu fui consultar o editor, e ele me disse: "Kurumada, faça o que fizer, sua vida vai mudar muito no futuro". O que ele realmente queria dizer era que, se uma coisa não funcionar uma vez, já não serve mais. Por isso, foi bom porque teve êxito, mas se não tivesse tido, provavelmente eu não teria conseguido continuar trabalhando como mangaka. Esse sentimento de perigo estava presente em cada período de transição. Por exemplo, Ring ni Kakero e Fuuma no Kojiro foram sucessos, mas Otoko Zaka fracassou. Se a próxima obra, Saint Seiya, não tivesse êxito, provavelmente eu não teria permanecido como mangaka. Por ter superado tudo isso, é que estou aqui hoje.

Seria algo como se tivesse que lidar com esse sentimento de estar contra a espada e a parede constantemente?

Isso mesmo. Mas mais do que com o próprio trabalho em si, foi com o "Name" que eu tinha que fazer semana após semana. Porque se fizesse de má qualidade, os leitores não aceitariam e iria ignorá-lo. Em razão de pensar assim, eu utilizava toda a minha energia para realizar cada "Name".

Em relação ao título "Ai no Jidai" (Era de índigo), por favor, conte-nos como lhe ocorreu.

Existe algo chamado "Ao no Jidai" (Era de Azul) nas pinturas de Picasso, né? Eu estive nessa época, mas o índigo me parecia um pouco triste já que eu não era um prodígio até então. Antigamente, nas revistas Shonen havia várias cores de tinta, mas diziam que entre os leitores o mais popular era o índigo. Tem vários significados, mas eu fiz principalmente para mostrar que eu não sou um "ovo de ouro". Entre muitas outras coisas, quando participei do concurso, erraram até o meu nome. (Risos) Eu fiz minha estreia com uma dúzia de páginas de papel áspero. De certa forma, eu sou uma "bola de aço" que oxida se eu não estiver polindo constantemente. Eu incluí esses tipos de conceitos de "A Vida com o mangá".

O mestre Masami Kurumada continua entregando entretenimento com todas as suas forças aos leitores, encarando o mangá sempre preparado para batalhar entre a espada e a parede. Finalmente, perguntamos o que se espera para o futuro e como se sente por ter chegado ao seu 40° aniversário de carreira como autor de mangás nekketsu.

Alcançou o seu 40° aniversário. Por favor, nos diga o que você pensa neste momento.

Não é algo para exagerar. No entanto, nos velhos tempos, quando eu finalizava um capítulo eu pensava em sair para me divertir e beber sake, mas hoje em dia, as ideias para o próximo capítulo começam a surgir e quero desenhá-las imediatamente. Portanto, a profissão de mangaka é uma vocação. Mesmo depois dos 60, ainda sigo batalhando nas primeiras linhas.

E continuará desenhando no futuro, né?

Isso mesmo, vou continuar na carreira. Neste momento me encontro fazendo Otoko Zaka e Saint Seiya Meiô Shinwa (Next Dimension), mas também há outros trabalhos que foram cancelados na metade do caminho. A esses sinto que devo lhes dar forma corretamente. Depois disso, gostaria também de desenhar novos trabalhos.

Sem dúvidas, gostaríamos de ver essas novas obras do mestre Kurumada.

Há ideias na minha cabeça. Por exemplo, "Ai no Jidai - Gekitô-Hen - (Era do índigo - Saga das batalhas ferozes). Eu finalmente decidi não tirar esses manuscritos, porque alguém poderia encontrá-los e tudo começaria dali. Seria uma história de como cheguei a desenhar batalhas no mundo do mangá. Não te dar arrepios só de pensar nisso?

Sim! O 40° aniversário acabou, mas como um fã eu ficaria feliz se você pudesse seguir adiante com a arte do nekketsu até o 50° e 60 ° aniversário.

Entrevista traduzida em 2017 e revisada em 2019
Entrevista traduzida e adaptada do espanhol diretamente Da Vinci News (2016) do Grupo Next Dimension

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